sexta-feira, 25 de junho de 2010

A busca pela essencialidade do ser

A mídia influencia nos padrões de beleza, moldando seres homogêneos, sem especificidade, sem personalidade ou opinião, pessoas doentes, com esquizofrenia, suicidas. Essa visão que a mídia passa por meio de comerciais com mulher de biquíni ou em novelas onde a mulher bonita é rica e consegue tudo o que quer e a feia é pobre e nunca alcança o que deseja, é uma visão errônea e ideológica, influenciando no modo das pessoas se vestirem, se olharem no espelho, se alimentarem e viverem, criando pessoas padronizadas e invejosas. O descontentamento do ser se enceta a partir da criação do sentimento de incompletude. As pessoas compram cada vez mais, se entristecem cada vez mais e se amam cada vez menos. O desejo por outra vida e a sua insaciedade diante da vida, contribui cada vez mais para a existência de pessoas famintas e humilhadas. Uma visão crítica perante os comercias, as novelas, as notícias e as conversas auxiliam na formação de um cidadão-político, que se preocupa consigo e com as outras pessoas de sua vivência. Estamos em uma época que visa à supervalorização da beleza, onde as idéias e os ideais não convêm. Mas temos que resgatar a especificidade do ser, mostrar-lhe o quão é relevante para si e para o outro, e que não é apenas um rótulo, é uma cabeça, é um ser pensante, que pode dizer e fazer mais do que falam. Urge um enfrentamento da realidade, a perseverança e a consciência de que somos mais do que vemos, somos mais do que falam, somos mais do que nós mesmos pensamos. Devemos enfrentar todas as opiniões, por mais certas que elas pareçam ser e por mais firme que sejam apresentadas. A reflexão é uma precariedade de nossos tempos, mas é uma necessidade muito antiga. Não podemos nos contentar com respostas prontas, com uma ciência perfeita, com uma imagem ideológica, devemos ir adiante, buscar a essencialidade do ser humano, o seu sobressaimento em relação aos outros animais, ou seja, um ser que se relaciona, pensa, cria e ama. Destarte encerro deixando a reflexão de que cada um tem a sua essencialidade, por mais supérflua que ela pareça ser, e ela deve sair detrás da capa que transforma o ser humano em um animal irracional e comum a tantos outros.

Um comentário:

  1. Poooooxa, falo bunito hein
    Num sabia q vc era uma critica da sociedade :P
    + eu não acho q a essencialidade do ser humano seja criar e amar...ou talvez seja e já esquecemos isso a mto tempo atrás? num sei :P
    Enfim, gostei ;]

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